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sexta-feira, 17 de julho de 2009

Historia do Skate



S.O.D.

Os primeiros skates vieram dos patinetes: assim que a barra com a direção do brinquedo caiu, nasceu o skate. Outros dizem que os próprios surfistas criaram uma prancha com rodinhas e eixo de patins e madeira para surfar no concreto em dias de mar sem ondas.
Isso aconteceu na década de 50, e as primeiras adaptações para que algumas manobras fossem possíveis foram nos trucks. Em 1959, foi lançado o primeiro skate, Roller Derby.
No começo dos anos 60, com a produção em série dos carrinhos, o skate ficou popular da noite pro dia, e o primeiro campeonato de skate rolou em Hermosa, na Califórnia em 1963. Mas também saiu da moda de uma hora para a outra, porque começaram a divulgar que não era seguro, orientando os pais a não comprar para os filhos. Foi aí que rolou a primeira queda do esporte— há uma lenda urbana que nos ciclos de altos e baixos do skate, um declínio acontece a cada dez anos, aproximadamente. A mídia parou de se opor um pouco contra o skate quando um filme chamado “Skater Dater”, ganhou um Oscar, em 1966.
A popularidade do esporte foi ganhando força aos poucos, com algumas invenções. Uma das principais: Larry Stevenson criou o kicktail, o skate começou a girar nos pés dos skatistas e muitas manobras foram inventadas com isso.
De 1973 a 1975, aconteceu a revolução no mundo do skate: a criação das rodinhas de poliuretano. Elas deram muito mais tração e velocidade aos carrinhos e, combinando com trucks específicos, possibilitou a realização das manobras para um novo nível. Os tricks consistiam apenas em manobras de surf feitas no asfalto e piscinas vazias começaram a dar espaço para novos vôos.
Nessa época, nascia o skate moderno, num campeonato em Del Mar (Califórnia). A competição que parecia brincadeirinha, com acrobacias divertidas, mudou radicalmente com a entrada da equipe Zephyr e deixou o público e os juízes sem entender nada: os skatistas Z-boys tinham um estilo muito mais agressivo, muito mais próximo do skate independente de hoje. A cena pode ser vista no DVD “Dogtown – Onde Tudo Começou”.
Os anos 70 foram a época de ouro do skate. Começaram a construção de inúmeros skateparks, ranking e circuito de skatistas profissionais, revistas e filmes. Foi aí que o skate evoluiu e incluiu entre suas categorias vertical, slalom, downhill, freestyle e longjump. Pela primeira vez o skate tinha suas estrelas, como Tony Alva, Jay Adams e Stacy Peralta. Os carrinhos ficaram um pouquinho maiores e ganharam mais estabilidade.
Nessa mesma era, o skatista Alan Ollie Gelfand criou o ollie, manobra que revolucionou o jeito de andar de skate, mas também trouxe novas críticas contra o esporte, porque junto com outras manobras mais agressivas, causou muitas lesões e até mortes. Vários skateparks foram fechados e destruídos, e novamente o esporte caiu em declínio.
Nos anos 80, foi a vez das rampas de madeira e do street style revitalizarem o skate, assim como as rodas de poliuretano fizeram nos 70. O espírito independente e “faça você mesmo” levou skatistas a construir suas rampas e adaptar e esvaziar áreas e terrenos antes impossíveis de andar de skate.
Mais mudanças: as marcas de skate começaram a dominar a movimentação do esporte. E as inovações no tamanho do shapes e dos trucks permitiram que as manobras evoluíssem mais ainda. Essa geração teve entre suas estrelas Tony Alva, Christian Hosoi e Steve Caballero.
Entre o fim dos anos 80 e o começo dos 90, o street começou a ficar mais conhecido e o vertical ficou um pouco de lado. Foi a era de Mark Gonzáles, Natas Kaupas e Mike Vallely.
A queda do “ciclo de dez anos” aconteceu, mas em 95, o skate perdeu um pouco do lado “underground” com maior número de patrocinadores de skatistas street, eventos e a cobertura dos X-Games. O punk rock continuou popular no skate, mas o estilo hip hop também ganhou espaço no meio. As roupas largas dos skatistas acabaram virando influência na moda até hoje.
Os skatistas ganharam as ruas e essa tendência não mudará tão cedo. A atitude mais hard-core, o estilo cada vez mais agressivo equilibram-se com a comercialização do estilo de vida skate, que aparece em propagandas de chocolate e nos salários milionários de campeões nos Estados Unidos. No Brasil, muito bem representado por campeões mundiais em várias categorias, como Ferrugem, Mineirinho, e tendo como ídolo Bob Burnquist, a situação para os esportistas tem melhorado ano a ano.





4Fun

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