Morre um símbolo, diz o site do jornal Clarin (Reprodução)
Mais do que a morte de uma grande cantora, o falecimento de Mercedes Sosa marca marca o fim de um grande símbolo da luta pela liberdade no continente sulamericano. Natural de Tucumán, onde nasceu no dia nove de julho de 1935, La Negra teve a coragem de enfrentar as ditaduras que predominaram na América do Sul entre os anos 60 e 80, levantando sua voz em defesa dos direitos humanos.
Foi intérprete da chamada Nueva Canción, marcada pelo rachaço ao imperialismo dos Estados Unidos, consumismo e desigualdade sociais. Em função disso, virou parceira e amiga de artistas brasileiros com a mesma preocupação social, como Chico Buarque, Milton Nascimento, Caetano Veloso e Gilberto Gil, entre outros.
Sua voz notável e uma extraordinária presença de palco permitiram que transitasse com sucesso por gêneros musicais distintos, como o folclore, o tango e o rock. Para os argentinos, Mercedes Sosa era uma grande referência - talvez a maior - de sua cultura popular.
Há menos de um mês, por sugestão de ouvinte, recordamos as principais canções de La Negra na Trilha Sonora do Gaúcha Hoje. Na época, ela ainda não estava hospitalizada e tampouco havia notícias de que tinha a saúde debilitada. O que se sabia então é que, aos 74 anos, havia obtido três indicações para o Grammy pelo CD Cantora, Vol. 1, lançado ainda este ano.
No vídeo abaixo, Mercedes Sosa interpreta um dos grandes sucessos de sua vitoriosa carreira: Gracias a La Vida, da compositora chilena Violeta Parra:
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